Brasil, 23 de Setembro de 2024
31 de agosto de 2009

Formação e qualificação de afro-cabeleireiros

Formação e qualificação de afro-cabeleireiros




Formação e qualificação de afro-cabeleireiros


Num país de grande diversidade étnica como o Brasil, os profissionais de beleza especializados no tratamento e penteados de vários tipos de cabelos, incluindo os de pessoas de ascendência africana, ganham um incentivo importante a partir de agora.

Segundo informações da Antab – Associação Nacional do Turismo Afro-Brasileiro e CGTNAB – Coletivo Gestor de Turismo e Negócios Afro-Brasileiro, a ocupação de cabeleireiros étnicos e trancistas passa a ser reconhecida pelo Ministério do Trabalho.

Na prática, abre novas perspectivas à carreira desses profissionais e, para o consumidor, a garantia de cabeleireiros bem formados, treinados e capacitados. “Esta ação é resultado de uma série de ações em busca de oportunidades para a inclusão social e a valorização dos cabeleireiros e empresas que trabalham com seguimentos étnicos”, diz Eliana da Silva, coordenadora de beleza afro da Antab.

Segundo ela, a diferença é que muitas pessoas acham que cabeleireiros afros trabalham apenas com cabelos de negros, sendo que tratam cabelos de todas as etnias. “No caso dos trancistas, nunca foram citadas como profissionais. Essa arte vem desde a época dos escravos e hoje é referência na beleza e na promoção da cultura afro-brasileira”, disse Eliana.

A coordenadora da Antab cita ainda que os profissionais deverão ter curso de cabeleireiro com no mínimo 800 horas de aulas (a formação básica pede curso de 240 horas), ter concluído o ensino médio e ter experiência comprovada de, no mínimo, três anos na área. “O cabeleireiro que não sabe trabalhar com todos os tipos de etnias não pode ser considerado um profissional completo. Por isso a necessidade de qualificação e reciclagem”.

Eliana da Silva explica ainda que o mercado brasileiro descobriu que o segmento étnico é um mercado interessante, pois há muito tempo comprávamos produtos importados. “As empresas descobriram que estavam deixando de lucrar e começaram a lançar linhas de produtos para alisamento de forma pouco confiável, portanto, passamos a trabalhar no sentido de informar e capacitar os cabeleireiros e trancistas sobre os produtos de qualidade que existem no mercado”.

E sobre os principais desafios da profissão, Eliana da Silva reafirma que mostrar à sociedade que existem grandes nomes no segmento afro-étnico é o desafio e para isso vai continuar buscando oportunidades reais de valorização perante a mídia, eventos do setor e do mercado de cosmetologia e beleza.

“Há novidades nas principais feiras de beleza do país. Em novembro, haverá o Congresso de Cabeleireiros e Trancistas Afro-Étnicos, realizado pela Expoafro Brazil Consultoria de Beleza e Turismo Afro Étnico”, conclui Eliana da Silva.

Mais informações podem ser obtidas pelos e-mails assocnacionalafro@yahoo.com.br ou expoafrobrazil@gmail.com.br



 
 
Mais notícias sobre Notícias do Setor | Voltar
ÁREA DO EXPOSITOR e MONTADOR
Usuário
Senha
Usuário
Senha