Brasil, 20 de Setembro de 2024
23 de março de 2004

Hugo Beauty mostrou 100 Anos de Moda no palco da Hair Brasil

Hugo Beauty mostrou 100 Anos de Moda no palco da Hair Brasil



Hugo Beauty mostrou 100 Anos de Moda
no palco da Hair Brasil



O gaúcho Hugo Moser levou para o palco da Hair Brasil uma retrospectiva dos últimos 100 anos de moda, destacando os principais movimentos e tendências em corte, penteado e maquiagem de cada década.

Num show de criatividade e riqueza em detalhes, Hugo retratou as atitudes, costumes e postura das mulheres de cada época. Com figurino e designer de Othon Spenner e coordenação e desfile da coreógrafa Carlota Cristina, o show foi baseado em pesquisas de moda e história.

A seguir, a descrição de cada década, com elementos que inspiraram o trabalho do cabeleireiro:

1900 – 1909 - Belle Époque – Mulher-ampulheta, esbelta e elegante, apertada na cintura com espartilho que realça peitos e bumbum. A pele é pálida, com um leve tom rosado, imitando as adolescentes. As sobrancelhas são naturais. Ostentam coques, cabelos enrolados ou trançados sobre a nuca ou no alto da cabeça, presos com grampos e prendedores de chifres ou brilhantes.

1910 – 1919 - As mulheres turcas usam henna para delinear olhos; as mulheres do deserto, sensuais e tórridas, inspiram a imagem da vamp, sedutora, narcisista e impiedosa com os pretendentes. A boca é fina e pintada de vermelho escuro, e os olhos são enegrecidos com kajal. Os espartilhos desaparecem, as saias começam a encurtar.

1920 – 1929 - A década é marcada pela audácia e pela busca da emancipação feminina. O tipo de mulher a lá garçonne desponta, com cabelos curtos e fumando em público. O estilo Art Decó inspira móveis, objetos, jóias e também a moda. As saias chegam aos joelhos, a magreza andrógina está em alta. Louise Brooks inspira o corte do cabelo reto bem acima da linha da sobrancelha. Na maquiagem, blush nas faces e cílios muito curvados.

1930 – 1939 - A mulher deve ser magra, mas não masculinizada. Na cabeça, gorros, chapéus redondos ou em forma de sino e prato são usados para a frente. A maquiagem adquire aspecto individual, em formatos de escultura clássica: sobrancelhas reduzidas e arqueadas, às vezes totalmente depiladas. Rímel, pestanas falsas e vaselina para dar brilho à maquiagem dos olhos, rouge nas faces, lábios desenhados, destacando a parte superior. Desaparecem os cabelos capacete e as franjas, os cabelos voltam a crescer e são usados em ondas, preferencialmente na cor loura.

1940 – 1949 - Segunda Guerra Mundial. Entre 41 e 45, as roupas austeras tornam-se um pouco mais militares. Cabelos e maquiagem também são influenciados pela guerra. A forma das sobrancelhas é levemente curva e discreta. A boca é o mais importante, bastante maquilada. Nos filmes, usa-se cabelos compridos. A estrela é Verônica Lake, com uma cabeleira loura, abaixo dos ombros e ligeiramente ondulada, dando o glamour que compensa a falta de pele e jóias.

1950 – 1959 - Última grande década da alta costura, com Cristian Dior à frente de todos os costureiros. As sobrancelhas são mais claras e largas, a boca é de boneca, como Brigite Bardot. Mudanças constantes na cor dos cabelos, que são lisos ou ondulados curtos e até os ombros. Usa-se muito laquê, orelhas à mostra e sempre enfeitadas. Na cabeça, lenços para proteger o penteado. Arquétipo dos anos 50: cabelos armados com laquê, delineador (olho de gazela) e unhas vermelhas.

1960 – 1969 - Marcado pela conquista do espaço, minissaia, feminismo, flower power e pelo movimento hippie. O ideal da década é uma ninfa magra e atrevida em fase de experimentação de sua sexualidade. A maquiagem é natural, sem nada na pele e na boca, mas com os olhos carregados. As mulheres trocam a minissaia, os cabelos curtos, as meias de naylon e as botas de couro por sandálias sem meias, longas vestes e grandes cabeleiras desgrenhadas.

1970 – 1979 - início da década de 70 traz as flores nos cabelos, sandálias nos pés e o idealismo dos jovens hippies dos anos 60. Aos poucos, surgem as solas de plataforma, calças boca de sino e camisas de poliéster, vestuário brilhante para a discoteca, retro-kitsch e future-punk, num movimento cíclico de experimentação, mistura, repúdio e recuperação. Cabelos compridos para os homens, afro para os negros, penteados armados e encrespados, despontando o black power. A moda dos cortes a navalha cria verdadeiras esculturas nas cabeças. Jubas volumosas e cortes geométricos convivem pacificamente.

1980 – 1989 - Estabelece-se a época punk, com penteados de cabelo em pé e look moicano integrando as coleções de moda. As mulheres vivem novamente a febre do romântico. O símbolo dos anos 80 é o yuppie Miami Vice. Madonna desponta como ídolo pop na música. Explode a onda da aeróbica, e a lycra influencia também a moda. A partir de 85 o espírito party começa a ser substituído pela preocupação com a AIDS, a consciência ambiental e, no final da década, as turbulências políticas.

1990 – 1999 - Década da globalização, acabam-se as fronteiras. Na moda, o estilo básico passa a vigorar. Na passarela, o luxo se traduz nos materiais utilizados. No início dos anos 90 voltam influências dos anos 60 e 70. A tecnologia está muito presente e transforma rapidamente a vida nesta década.

2000 - Inspirada no estilo rebelde e extravagante do inglês Alexander Mcqueen, a mulher-lagarto absorve os elementos a sua volta e se transforma. Ainda na esteira da globalização, mistura um pouco de cada época, mas com um estilo voltado ao cosmopolita. É o futurismo tecno. Na maquiagem, pedras no rosto simulam escamas do lagarto mutante.


Clique aqui para ver mais fotos


 

 

 
Mais notícias sobre Notícias da Feira | Voltar
ÁREA DO EXPOSITOR e MONTADOR
Usuário
Senha
Usuário
Senha