Brasil, 21 de Setembro de 2024
26 de janeiro de 2004

Lipoaspiração tem normas mais rígidas

Lipoaspiração tem normas mais rígidas



Lipoaspiração tem normas mais rígidas

O Conselho Federal de Medicina acaba de divulgar novos parâmetros de segurança para a cirurgia de lipoaspiração. São medidas que regulamentam desde a correta indicação até o período e as condições de internação. Podem parecer óbvias, mas não têm sido respeitadas por alguns profissionais que encaram o aumento de demanda como uma oportunidade imperdível de ganhar dinheiro.

“As medidas do CFM são extremamente importantes. Primeiro, porque protegem os pacientes que, sem qualquer indicação segura, rendem-se ao marketing de alguns profissionais inaptos que não têm o mínimo treinamento para fazer essa ou outras cirurgias. Segundo, porque protegem os próprios cirurgiões plásticos com formação correta e título de especialista concedido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, diz o doutor Marcos Grillo, PhD em cirurgia plástica, de Curitiba.

Grillo faz alguns alertas e esclarecimentos para evitar riscos:

1) “Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que lipoaspiração não é um método de emagrecimento. O bom profissional não cede ao paciente que insiste no procedimento quando, antes, deveria passar por um processo de perda de peso.”
2) “Outro ponto que exige total atenção é o tipo de anestesia empregado. A anestesia peridural oferece menores riscos. Cirurgiões que costumam optar por anestesia local correm o risco de ter de aplicar uma quantidade excessiva da substância – geralmente, Xylocaína – e ultrapassar a dosagem máxima permitida – que pode levar a uma parada cardíaca irreversível.”
3) “O líquido injetado antes do procedimento, que é um composto de soro com adrenalina – substância vasoconstritora que diminui o sangramento – deve ser bem dosado, a fim de evitar que uma alta taxa de adrenalina sobrecarregue as funções do coração.”
4) “Por fim, é preciso que se tenha conhecimento de que é possível retirar, com segurança, somente 5% do peso da paciente. Uma paciente que pese 70 quilos poderá ver-se livre de 3,5 litros de gordura sem nenhum prejuízo.”

Para o cirurgião plástico André Cervantes, presidente do Conselho Médico da Estética Onodera, “a criação de uma Câmara Técnica sobre produtos e técnicas em procedimentos estéticos mostra um avanço do CFM no sentido de padronizar as normas utilizadas. Pode até ser o início de um movimento para transformar a medicina estética em uma especialidade reconhecida”.

 

 
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