Brasil, 21 de Setembro de 2024
27 de junho de 2005

Lipoescultura é Arte

Lipoescultura é Arte



Lipoescultura é Arte

* Dra. Deusa Pires Rodrigues

A Lipoaspiração é como escultura em barro. Se você tiver bastante barro e souber manipulá-lo, consegue, praticamente, todas as formas que desejar. Mesmo se, houver uma falha na “escultura”, causando uma depressão em algum lugar, é possível acrescentar um pouquinho mais de barro (lipoenxertia). Mas se a quantidade de material se mostrar escassa, a solução é procurar outra fonte de barro. Ou seja, pessoas magras, sem espessura adequada de gordura, por exemplo, não possuem material suficiente para aspirar. Nesses casos é mais aconselhável optar pelas próteses.

O termo lipoescultura, segundo, refere-se à utilização da gordura aspirada de algum lugar para aumentar outra região. De qualquer forma o procedimento cirúrgico é uma lipoaspiração durante a qual utiliza-se parte da gordura conseguida para injetá-la no lugar que se quer mais volume. Ah! Então as gordinhas estão em vantagem? Não! Porque o sobrepeso causa acúmulo de gordura também entre as vísceras. Na prática todos querem eliminar a barriga e ai entra um agravante, pois se retirarmos toda a gordura, a pele é obrigada a se retrair, e algumas vezes num grau muito intenso. Isso deixa um aspecto de pele grudada, amarrada, como se tivesse sido queimada. Em outros casos, quando não há retração, a pele desaba, sendo necessária outra intervenção para corrigir essa queda de pele. Sem falar da presença de celulites.

Freqüentemente é solicitado para que seja injetada gordura no bumbum. Mas em muitos casos, quando se examina a paciente, observa-se que há uma grande quantidade de gordura acima do bumbum, no finalzinho das costas, que se prolonga para os pneuzinhos. Esse depósito “apaga” a lordose e dá a impressão de um bumbum pouco projetado. Nesses casos, apenas com a retirada desse excesso, consegue-se “aumentar” o bumbum. Pode-se também injetar nas laterais, onde a maioria das mulheres apresenta uma depressão. Entretanto, sabe-se que no mínimo 50% do volume injetado, pode desaparecer em até 6 meses. Pode também haver uma absorção assimétrica em relação a lados opostos, surgindo pequenas diferenças de volume de um lado em relação ao outro, sendo necessária outra intervenção para corrigir a diferença.

Uma pergunta freqüente é, quais lugares do corpo pode ser lipoesculturado. Teoricamente qualquer região do corpo pode ser lipoaspirada. O mesmo acontece com a injeção de gordura, inclusive no rosto.
A gordura injetada apresenta mais de 80% de suas células estouradas, pois foram conseguidas no processo de lipoaspiração que destrói parte do tecido adiposo com movimentos de vai e vem, e isso provoca o rompimento de muitas células. Assim o que se obtém, em grande parte, é um caldo de células mortas. E esse material não pode ser chamado de enxerto. Ao ser injetado o organismo detecta esse material como “lixo” que será “comido” por células chamadas de macrófagos. Isso mobilizará uma grande quantidade de células de limpeza para o local através de uma nova formação tecidual.

Com relação às próteses, estas são mais estáveis. Os resultados ao aumento de volume são mais duradouros, controláveis, previsíveis. Os enxertos são mais interessantes quando a paciente tem gordura suficiente para ser lipoaspirada. Nesse caso, o material é abundante para ser injetado e mesmo que não permaneça, só a retirada já terá proporcionado uma projeção acentuada das regiões que não foram esvaziadas.
Devemos lembrar que só a cirurgia plástica não resolve para sempre o problema é preciso ter uma redução alimentar e praticar exercícios físicos.

Dra. Deusa Pires Rodrigues – Especialista em Cirurgia Plástica, Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Rua Doutor Neto de Araújo, 320, conj. 105
Vila Mariana - SP
(11) 5084-4193 / (11) 5084-4193


 

 

 
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