O mercado de beleza em 2015: crescimento e investimento das empresas

O cuidado com o corpo tem conquistado mais adeptos entre mulheres e homens, hoje a lista de produtos de beleza que são indispensáveis está bem mais ampla. O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cada vez mais se consolida dentro da economia brasileira e seu papel é fundamental nos aspectos econômicos, financeiros, sociais e também na contribuição em iniciativas sustentáveis.  

As empresas que oferecem produtos de beleza, higiene pessoal e tudo o que se relacione à saúde e ao bem-estar podem se animar, porque estão indo na contramão da economia brasileira, enquanto outros setores apresentam queda, a indústria de beleza cresce em media 10% a 15% ao ano. O investimento em beleza nos próximos anos tende a dobrar, graças aos números positivos, o aumento de oportunidades do mercado e o crescimento de consumo, mas com isso a concorrência também cresce tornando a disputa desse mercado mais acirrada.

Em 2015, as perspectivas não são otimistas para o consumo geral no Brasil; o que não condiz com as expectativas do setor de cosméticos, perfumaria e higiene. A indústria espera continuar crescendo e a Abihpec acredita que parte do aumento do faturamento das empresas de beleza se deve aos lançamentos e inovações, por isso se uma empresa não investe em novidades em seus produtos fatalmente perderá mercado.

Estima-se que em 2015 o brasileiro gaste R$ 50 milhões em produtos de higiene e beleza. Também é preciso olhar para o mercado de beleza masculino com atenção, pois hoje ele representa 25% a 30% do mercado.

O setor de cosméticos cresce de forma linear a cada ano devido as suas características inovadoras no lançamento de produtos cada vez mais específicos para cada tipo de pele, cabelo, idade e sexo, por isso algumas empresas criam lojas para atender essa demanda de públicos diferenciados como o Grupo Boticário com a “The Beauty Box”, “Quem disse Berenice” e a “Eudora”.

Outra tendência importante e já consolidada das empresas é com o desenvolvimento de produtos que utilizem ingredientes naturais e orgânicos; como: extratos de flores, sementes e frutas, evitando ingredientes sintéticos, corantes e conservantes.

Uma dessas iniciativas foi a parceria entre a L’Oreal e a Nestlé para desenvolverem uma linha de produtos, nutricosméticos, com ingredientes ativos, que são absorvidos pelo organismo e geram uma ação antioxidante. A L’Oreal também está investindo em um plano de sustentabilidade, o Sharing Beauty With All, que estabelece um compromisso da marca em atingir metas de sustentabilidade até 2020. Além disso, pretende desenvolver seus pontos de venda, modernizar sua distribuição nos centros comerciais com pequenos quiosques para a marca Maybelline e vem investindo em um centro de pesquisa e inovação.

Até 2016, a L’Oreal Brasil, terá uma nova sede que vai abrigar funcionários de todas as divisões de negócio da empresa, e contará também com uma academia para treinamento de cabeleireiros para habilitar novos profissionais.

Recentemente a L’Oreal comprou a Niely que dominava o mercado de coloração para cabelos nas classes C e D no Brasil, com essa aquisição a L’Oreal ficou com a marca e também com a fábrica em Nova Iguaçu.

A Natura quer continuar investindo em seu portfólio de marcas com mais aquisições para a empresa. A venda direta continua forte e a marca vai continuar investindo nessa estratégia, mas sem deixar de lado a evolução, como o projeto Rede Natura de vendas online, que segundo a empresa não é um e-commerce e sim uma maneira de estreitar a relação da marca com suas consultoras, além de oferecer novos produtos e outras tecnologias para seus consumidores.

O Grupo Boticário prevê uma desaceleração no ritmo de expansão das vendas em 2015. A expectativa de vendas menores parece até uma contradição para o atual momento do grupo.  Em 2014, a empresa paranaense inaugurou uma fábrica em Camaçari, na Bahia, que vai permitir que o Boticário, passe a fabricar por conta própria uma boa parte de seu portfólio deixando de terceirizar alguns de seus produtos. A nova fábrica vai produzir perfumes, cremes, loções e xampus.

Algumas empresas internacionais também estão de olho no mercado brasileiro e estão chegando com tudo para abocanhar uma fatia desse mercado, uma delas e a Sephora do grupo LVHM, considerada uma das maiores redes varejistas de cosmético do mundo, que pretende inaugurar 40 lojas até 2018.