Brasil, 21 de Setembro de 2024
21 de junho de 2005

Peeling no inverno: cuidados com a pele e a aparência sadável

Peeling no inverno: cuidados com a pele e a aparência sadável



Peeling no inverno: cuidados com
a pele e a aparência saudável

* Dra. Ana Cristina Fasanell.

O inverno chegou e com ele a necessidade de maior intensificação dos cuidados com a pele, principalmente aquelas pessoas que querem uma renovação intensa, buscando rejuvenescimento e uma aparência mais saudável.

É o momento de recorrer aos métodos de peelings, procedimentos terapêuticos que renovam a epiderme nos diversos níveis de sua estratificação, com previsibilidade, seguido de cicatrização ideal. E para tais, existem vários níveis de descamação da pele que podem ocorrer, dependendo da substância ou processo utilizado nos consultórios dermatológicos e, claro, da necessidade de cada pele. Há sempre um tipo de peeling para cada tipo de problema, pele e idade.

Os métodos existentes dividem-se em três formas de peelings: os mecânicos (utilizam-se grânulos e lixas de diversas origens); Físicos (com Lasers de todos os tipos e Crioterapia ou terapia pelo frio, onde usa-se a Neve Carbônica e o Nitrogênio Líquido) e os mais antigos e conhecidos peelings Químicos.

Os peelings são conhecidos desde a Antiguidade, quando Cleópatra banhava-se com leite azedo (ácido lático) e mulheres da Idade Média usavam vinho azedo (ácido tartárico) para promover uma pele limpa, acetinada e rosada. Mas, somente a partir do fim de 1800, foram utilizados por médicos dermatologistas de forma científica para tratamento da pele com substâncias como Ácido salicílico, Resorcinol, Fenol e Ácido Tricloroacético (ATA).

Hoje o tratamento é dividido em Peelings Químicos Superficiais, Médios e Profundos, de acordo com o nível que atingem na espessura da pele. Isso determinará uma menor ou maior renovação da pele. Saiba como são, para que servem e qual sua evolução.

Peelings Químicos Superficiais – são os que determinam uma aplicação sucessiva que pode variar de 7 dias a 1mês; não necessitam de nenhum tipo de anestesia; as complicações médicas são raras e têm indicação nas peles com Acne, algum tipo de mancha leve e envelhecimento discretíssimo, que pode ocorrer já a partir dos 30 anos de idade. As substâncias envolvidas mais comuns são: ATA, Ácido Salicílico, Ácido Retinóico e Ácido Glicólico. Durante a aplicação no consultório dermatológico, pode haver um leve ardor tolerável e discreto vermelhidão, dependendo da substância em questão.

Nos 3 a 4 dias subseqüentes, uma descamação aceitável, corrigida com hidratantes e o uso imperativo do filtro solar, elemento obrigatório na recuperação de todos os tipos de peelings.

Peelings Químicos Médios – de aplicação semestral, podem necessitar de algum tipo de anestesia, dependendo da tolerabilidade à dor de cada um. As complicações do método são também raras, mas pode haver um aumento mais pronunciado das manchas ou vermelhidão prolongada da pele. Se a pessoa apresentar Herpes no local a ser feito o peeling deve avisar o médico, pela possível reativação da infecção logo após a realização do tratamento.

Aquelas peles que apresentam um envelhecimento mais pronunciado, com sardas e manchas se beneficiam muito bem com o peeling químico. As substâncias envolvidas são: ATA mais potente e Fenol sem oclusão, isto é, sem cobrir com nenhum tipo de curativo a região tratada com essa substância. A recuperação das peles acontece em média em 10 dias, pois existe a formação de uma crosta de aspecto amarronzado, que se destacará nesse período e dará lugar a uma pele avermelhada, que paulatinamente retornará em um mês ao seu estado natural.

Peeling Químico Profundo – Sempre efetuado sob sedação, com algum tipo de anestesia local ou geral, é mais indicado para aquelas peles bem claras e que tenham um grau acentuado de envelhecimento e manchas, a partir dos 50 anos de idade.
O ideal é que seja feito em condições onde haja monitoração cardíaca da pessoa que está sendo submetida ao peeling.

O produto será aplicado sobre a pele e deixado com curativo por 24 a 48 horas, quando então é removido e haverá um inchaço e eliminação de líquidos pela pele, seguidos por formação de uma crosta grossa e marrom que terá seu destacamento total numa média de 15 dias. Na seqüência, uma vermelhidão ocorrerá por no mínimo 2 a 3 meses após a data da realização do peeling.

Lembrando que em questão de saúde e beleza da pele, não existe mágica e sim tecnologia e cientificidade adequadas a cada pessoa. Mas atenção: somente o médico dermatologista, profissional em quem você deposita total confiança e admiração pode ser o responsável pela melhor indicação, realização e seguimento do seu tratamento em busca da juventude.


* Dra. Ana Cristina Fasanella, Cirurgiã Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Cirúrgia Dermatólogica e do Grupo Brasileiro de Melanoma.


 

 

 
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