Brasil, 23 de Setembro de 2024
29 de agosto de 2011

Pele sensível: 66 milhões de brasileiros têm, diz estudo

Pele sensível: 66 milhões de brasileiros têm, diz estudo



Pele sensível: 66 milhões de brasileiros têm, diz estudo



Os Laboratórios Dermatológicos Avène realizaram, sob a análise do dermatologista Sérgio Talarico Filho, Coordenador da Unidade de Cosmiatria, Cirurgia e Oncologia do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo, o primeiro estudo epidemiológico para avaliar a prevalência das peles sensíveis na população brasileira.

O estudo foi encomendado e realizado pelo renomado instituto independente CSA Santé, com uma amostra nacional representativa – 1.022 homens e mulheres acima de 20 anos selecionados pelo método de quotas – e revelou que cerca de 34% da população – pouco menos de 66 milhões de brasileiros - possuem pele sensível ou muito sensível.

O que é pele sensível?


A síndrome das peles sensíveis foi descrita em 1977, inicialmente na face, mas outras localizações são possíveis, principalmente no couro cabeludo e nas mãos. Uma definição clínica é objeto de consenso. As peles sensíveis se definem como a ocorrência de sensação de ardor, calor, formigamento cutâneo (eventualmente com dor ou prurido), como consequência a múltiplos fatores, sejam físicos (radiação ultravioleta, calor, frio, vento), químicos (cosméticos, sabonetes ou sabões, água, poluição), psicológicos (estresse) ou hormonais (ciclos menstruais).

As causas patogênicas ou fisiogênicas da pele sensível ainda são pouco entendidas, mas sabe-se que há uma diminuição do limite de tolerância da pele, sem relação direta com nenhum mecanismo imune ou alérgico. Tem sido relatada uma deficiência na barreira cutânea, associado a um aumento da perda de água transepidérmica, o que, como consequência, favoreceria a maior exposição a fatores irritantes.

Diversos estudos epidemiológicos realizados no Reino Unido, nos Estados Unidos e na França evidenciaram que a pele sensível é uma síndrome frequente. Esses estudos mostraram que cerca de metade da população é afetada nesses países (aproximadamente 50% de mulheres e 37% de homens) e que a pele sensível e muito sensível é mais frequente no verão do que no inverno. Essa provável relação entre prevalência de pele sensível e exposição ao sol sugere a possibilidade de diferenças entre países com maior ou menor incidência de luz solar.

Método do estudo

Para a coleta de todos esses dados, os participantes do estudo foram interrogados por telefone e selecionados pelo método de quotas (sexo, idade, profissão do chefe da família, categoria urbana e região), com controle sistemático das entrevistas.

Foram pesquisados, quanto ao sexo, um índice de 50,1% de mulheres e 49,9% de homens; quanto à idade, 25,15% até 29 anos, 25,15% entre 30 e 39 anos, 25,34% entre 40 e 49 anos e 24,36% igual ou superior a 50 anos.

A distribuição geográfica da população foi igualmente respeitada quanto à região de residência: 37,96% na região de São Paulo, 14,68% no Rio de Janeiro, 7,93% em Belo Horizonte, 7,83% em Porto Alegre, 8,12% em Curitiba, 7,83% no Recife, 7,83% em Salvador e 7,83% em Goiânia.
 
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