Brasil, 22 de Setembro de 2024
19 de março de 2012

Seremos o maior mercado consumidor de produtos de beleza do mundo em 2015

Seremos o maior mercado consumidor de produtos de beleza do mundo em 2015



Seremos o maior mercado consumidor
de produtos de beleza do mundo em 2015

Desde sua primeira edição, a HAIR BRASIL vem atuando de maneira muito próxima e alinhada com a indústria fornecedora de produtos de beleza, visando contribuir para a valorização e o seu crescimento do setor.
Esta sintonia ampliou-se ainda mais a partir do acordo de cooperação firmado em outubro de 2011 com a ABIHPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, a entidade maior deste setor, com forte atuação junto à toda a cadeia produtiva da beleza no Brasil e no exterior.
Juntas, HAIR BRASIL e ABIHPEC passam a aplicar toda sua expertise e sua influência em ações que visam o desenvolvimento do mercado brasileiro de produtos para cabelos, beleza e estética. Um setor que vendeu R$ 27,3 bilhões em 2010 e que - segundo a avaliação da ABIHPEC - poderá ser o maior consumidor mundial de produtos de beleza até 2015.

Veja aqui o que o presidente e fundador da ABIHPEC, João Carlos Basilio, falou ao Hairbrasil.com.

Hair Brasil: A Hair Brasil e a ABIHPEC assinaram em 2011 acordo de cooperação que prevê uma série de ações para o fortalecimento das relações institucionais de ambas. O que pode ser esperado para 2012?

João Basilio: São muitas ações previstas para inaugurar a parceria entre a HAIR BRASIL e a ABIHPEC. Entre elas integrar e conscientizar o mercado sobre o que ocorre na indústria, nossas virtudes e dificuldades. Acredito que a grande troca será oferecer informações de cunho tecnológico, comercial e regulatório, levando mais conhecimento em prol do desenvolvimento do setor. Com esta aproximação, também esperamos trabalhar de forma conjunta para aumentar as exportações brasileiras. As principais ações para a Hair Brasil são Rodadas de negócios para promover a aproximação comercial entre os mercados e a realização do Simpósio ABIHPEC, onde serão discutidos temas pertinentes ao desenvolvimento da indústria de beleza.

Hair Brasil: O setor de beleza profissional ganha com esta aproximação?

João Basilio: Todo o setor de beleza ganha com a aproximação entre a entidade e a HAIR BRASIL. Costumo dizer que o mercado é um jogo e de acordo com o movimento das peças, que neste caso foi profundamente enriquecedor, os atores envolvidos têm muito a ganhar e se sentem cada vez mais fortalecidos. O mercado profissional precisa de uma liderança para conduzir melhor as importantes questões que precisam ser debatidas. É do interesse da  ABHIPEC se aproximar cada vez mais do setor profissional para gerar o desenvolvimento e crescimento necessários.

Hair Brasil: O que a instituição vem fazendo para ampliar esta aproximação?

João Basilio: Estamos desenvolvendo um importante trabalho para regulamentar e normatizar os salões de beleza. São reuniões extensas, onde representantes de instituições parceiras e sindicatos estão envolvidos em busca de um objetivo comum, que é levar e buscar informação para propiciar a competitividade. A normatização vai trazer saúde tanto para os profissionais, quanto para os consumidores, que terão um respaldo técnico.
No Brasil, infelizmente, o setor ainda está atrasado nestas questões. Em parceria com o Sebrae Nacional estamos construindo um debate que vem sendo enriquecido com a ajuda dos próprios profissionais. É um projeto a longo prazo, que envolve pesquisas onde vamos medir os hábitos e costumes dos profissionais e deu seus clientes. Esperamos ajudar a construir uma área responsável, pautada na saúde, segurança e na satisfação do cliente. A nosso favor está a recente regulamentação assinada pela presidente Dilma. Esta grande conquista vai trazer não apenas o reconhecimento dos profissionais, mas principalmente ajudar na construção do debate.

Hair Brasil: A ABIHPEC representa uma parcela importante de indústrias do setor de beleza. Qual a representatividade destas indústrias no mercado nacional?

João Basilio: As empresas associadas à ABIHPEC representam 94% do mercado nacional. Não há outra entidade que represente os interesses da indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos de forma tão completa. Participamos ativamente das questões que envolvem o poder legislativo através de escritórios de assessorias, acompanhando diariamente a evolução de Projetos de Lei. Temos, também, relação estreita com as áreas regulatórias da Anvisa, somos proativos em questões de sustentabilidade e nas áreas tributárias apresentamos fortemente nossas reivindicações. Posso dizer sem dúvida alguma que estamos próximos de onde se decidem os rumos da indústria nacional.

Hair Brasil: O Brasil ocupa atualmente o posto de terceiro maior mercado mundial de beleza, numa trajetória de constante ascensão. Os números do setor continuam sendo positivos para este ano?

João Basilio: Os números são tão positivos que me arrisco a dizer, mesmo antes da tabulação oficial dos dados, que já somos o segundo maior mercado consumidor de produtos de beleza do mundo. Vamos ultrapassar o Japão, que vêm apresentando retração da economia causada pelo desastre do Tsunami. A expectativa é de que em 2015 o Brasil seja o primeiro maior mercado consumidor de produtos de beleza do mundo. E o caminho para alcançarmos esta liderança deve estar pautado por muito trabalho e dedicação.

Hair Brasil: Como a indústria nacional de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos pode ser mais competitiva? Onde estão localizados os principais entraves que impedem o desenvolvimento?

João Basilio: O principal entrave para o desenvolvimento da indústria são as absurdas cargas tributárias que suportamos. Como em vários setores produtivos, isso impede o crescimento e a competitividade saudável. Para se ter uma ideia, a carga tributária que incide sobre as tintas de cabelos é de 95% do valor total do produto. Ora, estamos falando de um bem necessário para a inclusão profissional de homens e, principalmente, mulheres, que precisam ter seus cabelos brancos cobertos para se manterem ativos no mercado. Como um produto tão significativo pode ter uma carga tributária tão elevada? A título de comparação, o ICMS que incide em uma gravata no Estado de São Paulo é de 7%, contra 25% das tintas de cabelo; o IPI é de zero por cento, contra, pasmem, 22% das tintas. Qual a lógica para taxar os produtos de beleza? Falta sensibilidade e percepção por parte do governo - um governo incapaz de entender que o 2º maior consumidor de produtos de beleza do mundo é quem deve ditar o que é essencial para ele. Estamos falando de saúde, já que as classes menos favorecidas acabam comprando produtos químicos de baixa qualidade, enfraquecendo os cabelos e o couro cabeludo. A saúde do ser humano precisa ser preservada e trabalhamos incansavelmente por estes direitos.
Outro aspecto é o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Precisamos cada vez mais de espaços de pesquisas para criar novas formulações e apresentar produtos com melhores resultados para os consumidores e profissionais de beleza.

Hair Brasil: Alguns setores específicos do mercado estão apresentando crescimento vertiginoso, a exemplo de esmaltes e produtos para cabelos. O "boom" dos últimos anos deve se estender para outros nichos de beleza?

João Basilio: Sem dúvida! A indústria está avançando cada vez mais para atender à demanda dos próprios consumidores. Hoje em dia vemos homens pintando cabelos de cores diferentes, fazendo unha, cuidando da pele e mulheres que variam os tons da maquiagem e visitam regularmente os salões de beleza. Esta mudança de comportamento é real. A evolução dos costumes tem impulsionado a indústria e vice-versa.
Com as exigências dos próprios consumidores a indústria tem colocado no mercado produtos multiuso. São maquiagens com proteção solar, desodorantes com ativos antimanchas, uma infinidade de soluções que acabam incentivando o consumo. A indústria da beleza, neste aspecto, se assemelha à indústria da informática: inovações constantes e a todo momento.

Hair Brasil: A indústria está preparada para atender a estes anseios nos próximos anos?

João Basilio: Os próprios números do setor nacional respondem à sua pergunta. Nunca se importou tanto no Brasil, mas isso não se percebe na indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Os brasileiros têm consumido produtos nacionais, já que a indústria tem correspondido à demanda. Menos de 15% do que se consome em produtos de beleza é de origem estrangeira. A indústria está cada vez mais preparada, entregando produtos de qualidade para o mercado.

 





 


 
Mais notícias sobre Notícias da Feira | Voltar
ÁREA DO EXPOSITOR e MONTADOR
Usuário
Senha
Usuário
Senha