ABDI e ABIHPEC definem metas para desenvolvimento da indústria cosmética

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) definiram as metas do Plano de Desenvolvimento Setorial (PDS) para a indústria cosmética.

Com investimentos de R$ 774,5 mil, o objetivo é impulsionar e expandir as atividades do setor, através da capacitação regional. Serão três ações implantadas em 141 empresas de núcleos regionais específicos nas áreas de diagnóstico empresarial, regularização e inovação, e cinco projetos especiais, desenvolvidos a médio e longo prazo, envolvendo todas as empresas do setor (associadas ou não à ABIHPEC).
 
Entre as primeiras atividades do Plano de Desenvolvimento Setorial estão o Projeto de Regularização, que será desenvolvido inicialmente em 15 empresas do núcleo regional da Bahia. Através da avaliação de consultores especializados, o programa visa obter a autorização de funcionamento das empresas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de capacitar gerentes e funcionários no cumprimento das boas práticas de fabricação e controle no processo produtivo.
 
Na área de Tecnologia e Inovação, o objetivo é incentivar o desenvolvimento tecnológico para adequação de produtos, processos e sistemas de informação. O projeto-piloto será introduzido em 20 empresas do Pólo de Cosméticos de Diadema e 10 de Minas Gerais.
 
As ações especiais, com extensão nacional, serão desenvolvidas nas áreas de financiamento (implementação dos recursos dos tradicionais órgãos de financiamento e geração de novas parcerias), indicação geográfica (identificação dos biomas brasileiros), parcerias empresa-universidade (projetos de interação entre a indústria e centros de pesquisa), testes laboratoriais (com informações para atender às exigências regulatórias internacionais) e capacitação tecnológica (treinamento e habilitação de gestores das indústrias).
 
De acordo com o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira, os projetos vão atender as demandas do setor de acordo com os pólos produtivos. “O desafio é tornar as empresas mais competitivas por meio da formatação de programas que regularizem o setor, sempre com foco na inovação e na diferenciação do produto”, afirma.
 
Para João Carlos Basilio da Silva, presidente da ABIHPEC, todos os profissionais da entidade e seus conhecimentos sobre o setor serão disponibilizados em benefício das pequenas empresas brasileiras. “Também colocaremos recursos semelhantes aos da ABDI, a fundo perdido, para ajudá-las a enfrentar os grandes desafios impostos diariamente pela burocracia brasileira”, declarou o presidente da entidade.