15 de agosto de 2005

Câncer de pele tem tratamento sem cirurgia

Câncer de pele tem tratamento sem cirurgia



Câncer de pele tem tratamento sem cirurgia

O controle de certos casos de câncer de pele é uma das mais recentes aplicações da terapia fotodinâmica. Utilizado para rejuvenescimento facial e para o tratamento de acne e manchas de pele, o Clear Light, aparelho que emite luz azul (tecnologia semelhante ao laser), é uma alternativa cada vez mais recomendada pelos médicos para tratar o câncer de pele sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

O tratamento é possível graças à aplicação do ácido aminolevulínico (ALA), que sensibiliza o tumor, permitindo que ele seja destruído pela luz azul do Clear Light. A técnica é indicada para carcinoma superficial basocelular (pequenas manchas vermelhas com crostas, freqüentes em pessoas de pele clara) e de lesões pré-malignas, caso das queratoses actínicas. Em qualquer situação, a terapia remove totalmente o tumor ou a lesão.

O dermatologista Mário Grinblat, do Hospital Albert Einstein, foi um dos primeiros médicos brasileiros a utilizar o Clear Light com essa finalidade. Ele explica que é possível tratar até mesmo alguns tipos de câncer mais profundos desde que sejam detectados a tempo. “Se houver um diagnóstico precoce, existe a possibilidade de fazer a remoção total do tumor e avaliar eventuais metástases”, declara o médico.

O especialista detalha o procedimento, tido como simples: “O ALA é aplicado de duas a seis horas antes da exposição à luz azul, tempo necessário para sensibilizar o tumor, que fica protegido nesse período. O excesso do produto é retirado pouco antes da luz, que é disparada diretamente no tumor”, diz.

“A terapia fotodinâmica é indicada para qualquer parte do corpo, mas as áreas mais tratadas são face, braços e tronco superior. Os médicos dão preferência a este método para tumores localizados em regiões de difícil cicatrização e para pessoas com problemas de sangramento, em idade avançada ou com tumores reincidentes. Os resultados normalmente aparecem na primeira sessão, mas podem ser necessárias de três a quatro para a remoção completa do tumor”, finaliza o médico.