27 de setembro de 2004

Cirurgia elimina hiperidrose

Cirurgia elimina hiperidrose



Cirurgia elimina hiperidrose

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1% da população do planeta sofra de hiperidrose – conhecida como suor em excesso ou sudorese. Apesar de não ser propriamente uma doença, a hiperidrose pode atrapalhar o convívio social, e costuma ocorrer nas palmas das mãos, nas axilas ou nas plantas dos pés.

Para o tratamento da hiperidrose estão disponíveis desde a utilização de substâncias tópicas para diminuir o suor, até o uso de medicamentos por via oral e injeção de toxina botulínica nas mãos e pés. Segundo o cirurgião angio-vascular Dr. José João Lopes, o tratamento mais eficiente para a hiperidrose é a cirurgia, com a realização da simpatectomia, que é a secção, remoção ou colocação de um clipe no nervo simpático correspondente.

Dr. Lopes explica que no caso da hiperidrose palmar e axilar é realizada a simpatectomia torácica. “Atualmente, com o avanço da tecnologia médica, vem sendo utilizada uma técnica de realização de simpatectomia por instrumentos minimamente invasivos, com pequenas incisões, e utilização de vídeo-cirurgia. Esta técnica traz resultados estéticos agradáveis, além de permitir uma rápida recuperação ao paciente, com o tempo de internação reduzido”, afirma.

O cirurgião ressalta que a cirurgia dura em torna de duas horas e o pós-operatório é bem tranquilo, com pouca dor. O paciente fica um dia internado e após isso já pode voltar para casa. A cirurgia é indicada para ambos os sexos.

Acredita-se que a hiperidrose seja causada por um excesso da atividade do sistema nervoso simpático (uma divisão do sistema nervoso autônomo) que ajuda a controlar a temperatura do corpo. Em alguns indivíduos existe um exagero no funcionamento deste sistema, com o aumento na produção do suor. No caso da hiperidrose das palmas das mãos e axilas, os gânglios simpáticos torácicos são os envolvidos, e na hiperidrose plantar os responsáveis são os gânglios lombares.