Cirurgia plástica em jovens requer cautela
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Segundo um levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica
Estética (Isaps), o número de intervenções plásticas
em jovens abaixo de 20 anos subiu 42% no Brasil em 2003. Os adolescentes já
representam, desta forma, cerca de 11,4% do total entre as faixas etárias
que se submetem a cirurgias estéticas.
Para a Dra. Deusa Pires Rodrigues, cirurgiã-plástica e Membro
Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para quem ainda não
atingiu a maioridade corporal é recomendada cautela antes de se submeter
a uma intervenção plástica. “O ideal antes de passar
por qualquer cirurgia, é o adolescente, junto com os pais, avaliar a real
necessidade de uma intervenção nesta idade. Se os motivos são
puramente estéticos, é melhor esperar que o organismo atinja o desenvolvimento
necessário”, afirma
Ela explica que isto acontece porque a formação da fisionomia
humana, tanto facial quanto corpórea, só se firma ao final do crescimento,
conhecido como maturidade óssea. Existem exames que determinam a idade
óssea do paciente e auxiliam no seu diagnóstico, embora o ideal
seja esperar o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, como
pêlos, barba e mamas. “Quando estes sinais forem evidentes, existe
mais segurança para uma intervenção cirúrgica, sem
alterar o desenvolvimento normal do corpo.”
De acordo com a especialista, apenas anomalias congênitas ou más
formações estéticas justificam a intervenção
cirúrgica em crianças ou jovens. Para ela, é importante distinguir
reparações necessárias de correções estéticas.
“Ao contrário de anomalias genéticas, as cirurgias puramente
estéticas, sobre um tecido que ainda não se desenvolveu, não
são recomendadas. Não porque o motivo seja fútil, mas porque
a alteração de tecidos antes de sua maturação final
pode resultar em distorções”, comenta.
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