13 de dezembro de 2005

Dermatoscopia pode prevenir câncer de pele

Dermatoscopia pode prevenir câncer de pele



Dermatoscopia pode prevenir câncer de pele

* Dr. Mário Grinblat

Todo cuidado é pouco com manchas e pintas pelo corpo. Alterações drásticas (de cor, formato ou tamanho) podem ser sintomáticas de problemas mais sérios, incluindo alguns tipos de câncer de pele. O alerta feito por dermatologistas nem sempre é seguido, em parte porque identificar mudanças significativas não é tarefa fácil. Para isso existe a Dermatoscopia, exame que permite traçar o diagnóstico precoce de melanomas ou lesões pigmentadas que podem evoluir para um câncer de pele.

Ótica ou digital, a Dermatoscopia pode ser, no caso da primeira, uma lente que amplia a região examinada em até 70 vezes, permitindo um diagnóstico preciso das lesões pigmentadas. A digital, com 97% de precisão, é realizada por meio de uma câmera digital acoplada a um computador. Um programa instalado na própria câmera organiza as imagens, que também são ampliadas. Dessa forma, o médico consegue interpretar cada sinal na pele e pode até fazer um acompanhamento periódico de pintas e manchas de pele, a fim de detectar alterações malignas.

Vale ressaltar que quanto antes for detectado um melanoma, maior é a chance de prevenir que a doença se espalhe. O diagnóstico precoce evita a remoção de pintas sadias e indica quais lesões apresentam riscos à saúde e devem ser retiradas.

Mas a Dermatoscopia não elimina a necessidade do auto-exame de melanoma, que deve ser realizado freqüentemente. São quatro os sinais que merecem atenção: assimetria, borda irregular, cor variada e diâmetro superior a 6mm. Os principais cuidados devem ser tomados com lesões que mudam de cor, formato ou tamanho.

* Dr. Mário Grinblat, chefe do setor de dermatologia do Hospital Israelita Albert Einstein