16 de novembro de 2004

Fonoaudiologia pode diminuir rugas desprogramando hábitos e vícios expressivos

Fonoaudiologia pode diminuir rugas desprogramando hábitos e vícios expressivos



Fonoaudiologia pode diminuir rugas desprogramando hábitos e vícios expressivos

Vera Mendes*

Muitos são os casos de tratamentos tópicos faciais, quer sejam eles invasivos ou não. As respostas variam de pessoa para pessoa. Evidentemente, sabe-se que fatores como hereditariedade, alimentação, hormônios, estresse, hábitos insalubres, dentre outros, são determinantes no sucesso de qualquer tratamento estético. Entretanto, mesmo aquelas pessoas que seguem disciplinadamente as orientações de seus médicos, esteticistas, dermatologistas e terapeutas, não conseguem obter uma resposta satisfatória.

O que então poderia estar ocorrendo nesses casos em que não importa o dinheiro que se gaste e a disciplina que se tenha, os resultados são sempre insatisfatórios e a pessoa acaba muitas vezes tendo que precocemente “apelar” para uma cirurgia plástica?

A ciência da fonoaudiologia ultimamente vem dando enormes contribuições no campo da estética, com o trabalho de motricidade orofacial estética. A tonificação dos músculos faciais, o equilíbrio das funções neurovegetativas e o acompanhamento terapêutico podem realmente trazer ao cliente uma nova simetria e configuração facial, tornando a face muito mais harmônica. Porém, o que se recupera de um lado pode ser perdido através de vícios e hábitos reflexos deletérios.

A comunicação não verbal (expressão facial na sua grande maioria) ocupa cerca de 65% a 70% de toda a mensagem transmitida. Logo, pode-se imaginar como ela é importante no ato da comunicação.

Contudo, existem indivíduos que exageram e usam os músculos faciais tanto quanto a boca. Os vícios reflexos faciais são muitas vezes inconscientes, relacionados com questões emocionais e difíceis de serem eliminados. Para se realizar o trabalho de biofeedback (nada mais é que estratégias manuais para inibí-los), é importante as sessões de tratamento, onde são inseridas as manobras de dessensibilização e inibição desses hábitos. Dessa forma, nossos fibroblastos agradecem imensamente, pois terão mais tempo para recuperarem as fibras de colágeno e elastina da derme.

De outra forma, quando eles iniciam o processo de reposição dessas proteínas, são impedidos, devido ao excesso de atrito na região.

Existem diversos caminhos no trabalho com o auto-monitoramento através da propriocepção e o biofeedback: o espelho, a audição, o tato e as pistas das mãos da terapeuta. Durante a sessão de massagem facial que prepara o trabalho seguinte de motricidade orofacial, o paciente será trabalhado no sentido de aprender a controlar e monitorar seus hábitos expressivos e diminuir os atritos na derme, propiciando melhores respostas aos tratamentos dermatológicos ou estéticos.