17 de outubro de 2005

Gilberto Mello: da carreira militar para as tesouras dos salões

Gilberto Mello: da carreira militar para as tesouras dos salões



Gilberto Mello: da carreira militar para
as tesouras dos salões


Há 37 anos trabalhando no setor da beleza, o cabeleireiro Gilberto Mello, de São Paulo, conta em entrevista ao hairbrasil.com um pouco sobre a sua longa jornada: como começou sua carreira, seu primeiro salão até os dias de hoje, onde comanda uma equipe de mais de 40 funcionários.


Hair Brasil: Há quanto tempo trabalha como cabeleireiro?
Gilberto Mello: Há 37 anos.

HB: Como começou sua carreira?
GM: Comecei quando servi a base aérea, na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo. Durante o período militar, optei por ser cabeleireiro, profissão que comecei a aprender com os barbeiros do quartel da aeronáutica. Saindo da aeronáutica, ingressei na polícia militar, no batalhão da ROTA em São Paulo, e fiz patrulhamento nas ruas. Mas logo que surgiu uma vaga na barbearia da polícia me transferi e durante três anos cortei os cabelos dos sargentos e oficiais.

HB: O que fazia para aprimorar seu trabalho?
GM: Nas minhas horas vagas, fazia cursos de cabeleireiro, sempre com o objetivo de me aprimorar cada vez mais. E para melhorar o orçamento, fazia “bicos” em salões da cidade.

HB: Qual foi o primeiro salão que trabalhou?
GM: Meu primeiro salão foi no Hotel São Paulo, que tinha uma única cadeira no masculino e duas no feminino. Trabalhava de manhã no salão do hotel, à tarde no quartel e à noite ia para a escola de cabeleireiros. Depois de algum tempo dei baixa na polícia e fui trabalhar em um salão no centro da cidade, quando tive a oportunidade de mudar para um salão no bairro do Jardins, todos em São Paulo.

HB: Como montou seu salão?
GM: Foi em julho de 1978, que montei o meu próprio salão na Rua Oscar Freire, no Jardins. Depois de um tempo mudamos para a Rua da Consolação, nº 3423, onde estamos até hoje, em um prédio de três andares com 42 funcionários. Desde o primeiro salão que trabalhei nos Jardins até hoje são 30 anos trabalhando na mesma região.

HB: Como vê o crescimento da vaidade masculina?
GM: Entendo que é uma situação natural do ser humano querer ter uma boa aparência. A diferença é que os homens, agora, encaram com mais naturalidade esse instinto.

HB: Qual é o perfil de seus clientes masculinos?
GM: Atendo executivos, advogados, solteiros, casados, estudantes, crianças, publicitários. Vai dos arrojados aos clássicos.

HB: Entre os serviços oferecidos para a clientela masculina, qual o de maior sucesso?
GM: O corte de cabelo é o nosso forte. A depilação também tem sido bastante procurada. Desde sobrancelhas a orelhas, até a corporal. Reflexos inversos para os grisalhos, luzes e alisamentos, também se destacam entre os serviços.

HB: Em todos estes anos de profissão, o que você acha que mais
mudou no mercado?

GM: Antigamente, os homens iam ao salão somente para cortar os cabelos. Atualmente, costumam fazer limpeza de pele, depilação, massagens, hidratações, reflexos, podologia, reflexologia, comprar produtos para o tratamento dos cabelos e tudo mais que o salão puder oferecer.

Por: Janaína Freitas