Hair Brasil gera negócios da ordem de R$100 milhões
num mercado que cresce 12% ao ano
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Com aumento de 50% no número de expositores com relação à
edição passada e tendo a presença de 60% das empresas que
atuam no mercado de produtos profissionais de beleza no país, a 2ª
HAIR BRASIL deve gerar negócios de R$ 100 milhões, resultado das
vendas dentro da feira e daquelas que serão fechadas nos próximos
60 dias.
O mercado brasileiro de produtos profissionais de beleza é um dos que
apresentam maior potencial de crescimento em todo o mundo e onde, hoje, as grandes
marcas nacionais e internacionais travam disputa acirrada. Embora o setor não
conte com dados oficiais, levantamentos de empresas do ramo apontam para um movimento
em torno de R$ 500 milhões em produtos para cabelos e um crescimento de
cerca de 12% ao ano. Somente para se ter uma idéia da dimensão deste
mercado estima-se que o Brasil tenha mais de 500 mil salões de beleza,
considerando também os que trabalham de maneira informal. Com relação
ao número de profissionais em atividade no País a quantidade pode
atingir cerca de 1 milhão de cabeleireiros e esteticistas.
A HAIR BRASIL - Feira Internacional de Beleza, Cabelos e Estética, que
aconteceu de 22 a 25 de março, em São Paulo, em apenas duas edições
apresentou crescimento de 50% em número de expositores, tornou-se um dos
principais termômetros deste mercado. A edição 2003 do evento
reuniu mais de 300 marcas profissionais e encerou com público estimado
em 45 mil visitas profissionais. "Antes do término da feira cerca
de 50% dos expositores presentes no evento já haviam garantido espaço
na próxima edição", diz Jeferson Santos, diretor geral
da feira.
A Livello do Brasil, que escolheu a feira para fazer sua estreia no mercado brasileiro,
aparece como uma destas empresas. Atuando num segmento de produtos profissionais
que mais cresceu no País nos últimos dois anos, o do recondicionamento
térmico, a marca japonesa planeja ganhar, em 6 meses, 12% da fatia deste
mercado. No Japão este segmento movimenta US$ 80 milhões/ano apenas
com vendas de produtos nos salões de beleza. Segundo Edson Mitsumune, diretor
presidente da Livello do Brasil, embora o produto seja ainda elitizado, a participação
na HAIR BRASIL possibilitou ampliar em 20% a carteira de clientes. "Recebemos
visitas comerciais de todas as regiões brasileiras, além de países
como Uruguai e Paraguai", acrescenta. Sua expectativa é de que a participação
na feira reflita no aumento de 18% em suas vendas num prazo de 4 meses.
A Yamá Cosméticos é outra que aposta neste ramo do chamado
alisamento japonês. A empresa levou para a feira uma nova linha de 4 novos
produtos. De acordo com seu diretor de marketing, Paulo Shigueo, foram investidos
R$ 1 milhão, entre aquisição de novos equipamentos e marketing,
nesta nova linha. Para ele, o retorno desse montante, auxiliado pela participação
na Hair Brasil, será de, no máximo, 2 anos.
Com produção mensal de 3 milhões de unidades dos 150 itens
do leque de produtos, a empresa exporta, hoje, para os mercados do Paraguai, Portugal
e da Bolívia. A expectativa é que a presença da marca na
feira abrirá novas praças de atuação no Brasil e em
outros países da América do Sul. Passaram pelo estande da empresa
na feira cerca de 6 mil profissionais de salões de beleza, a maior parte
de grandes estabelecimentos.
Uma das principais marcas deste segmento de beleza no País, a Niasi
trabalha com mais de 300 itens na categoria de tinturas, esmaltes, entre outros.
A empresa espera que a estratégia de investir na feira lhe possibilite
retorno de pelo menos 20% nas vendas de produtos voltados aos cabeleireiros dentro
de 1 mês.
Potência no segmento de coloração e tratamento para cabelos,
a multinacional Wella vem apostando no fortalecimento das vendas para o público
profissional. "Alcançamos crescimento médio de 45% nos últimos
3 anos e pretendemos manter esse índice até 2003", diz Bernadette
Caldas, gerente de relações com o mercado. Segundo Bernadette, a
Hair Brasil estimulará a abertura de novos clientes e, em conseqüência,
garantirá impacto nas vendas. "Ainda é muito cedo para quantificarmos
isso, mas acreditamos que a feira deverá incrementar em 20% a nossa base
de clientes", completa.
Líder nacional na produção de aparelhos elétricos
para o setor de beleza, a Taiff possui 70% de participação no setor
de secadores. "Produzimos 3 mil secadores/dia e não temos estoque",
garante Oswaldo Alcantara, gerente de eventos. Em sua opinião, a feira
superou as expectativas da empresa, que intensificou o relacionamento com o mercado,
conquistando clientes de diversas regiões do Brasil e países como
da Argentina e Chile. "A Hair Brasil garantirá à Taiff um aumento
de, pelo menos, 10% no seu volume de vendas no prazo de dois meses", finaliza
Alcantara.
A 3ª Edição da HAIR BRASIL - Feira Internacional de
Beleza, Cabelos e Estética já está marcada para 20 a 23 de
março de 2004.
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