Indústria brasileira da beleza
cresce 12,3% em 2006 |
O
setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos encerrou 2006 com muitos
motivos para comemorar. Segundo dados da Associação Brasileira da
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec),
as projeções apontam para um faturamento de R$ 17,3 bilhões
no ano, 12,3% maior que em 2005, e cerca de 1,4 milhão de toneladas vendidas.
Isso representa um aumento no volume produzido de 7,6%.
Mesmo com o câmbio desfavorável, as exportações do
setor, para 132 países, também apontaram para um aumento de 20%
em 2006, aproximando-se da casa dos US$ 500 milhões.
João
Carlos Basilio da Silva, presidente da Abihpec, explica que em apenas três
anos o número de vendas externas dobrou. “O crescimento das nossas
exportações neste ano superou a média internacional, o que
indica que estamos aumentando nossa participação no mercado mundial”,
afirmou Silva, ressaltando que as importações também registraram
alta e devem crescer 35%, chegando a US$ 285,4 milhões.
Em 2006
Em comparação com o ano anterior, o consumo dos produtos do setor
no mercado brasileiro em dólares teve um aumento de 34,2%, contra 8,2%
do mercado global.
“Estes números elevaram o Brasil à quarta colocação
no ranking mundial, desbancando mercados tradicionais, como Alemanha e Inglaterra.
“Se mantivermos o ritmo de crescimento esperado, na pesquisa de 2006 atingiremos
o terceiro lugar, superando o mercado consumidor francês e perdendo apenas
para o Japão e EUA”, disse o presidente da Abihpec.
Em 2005, o Brasil consumiu cerca de US$ 13,8 bilhões (preço ao
consumidor), segundo dados do instituto de pesquisa Euromonitor. Atualmente, o
país é o segundo maior consumidor de desodorantes e produtos infantis,
o terceiro em produtos para os cabelos e perfumaria, o quarto em higiene oral,
e o quinto em banho e produtos masculinos. Também está em sétimo
no consumo de maquiagens, oitavo em compra de item para proteção
solar, seguido da nona colocação em consumo de produtos para a pele.
O Brasil ainda aparece em décimo lugar no consumo de produtos depilatórios.
João Carlos Basilio da Silva revela que para dar conta dessa produção,
a indústria da beleza é um dos setores da economia que mais trabalha
com mão-de-obra feminina no país. “As oportunidades de trabalho,
somando profissionais de beleza como: cabeleireiros, manicures e esteticistas,
vendedores em lojas de franquia e revendedores de produtos, se aproximam da casa
dos três milhões”.
O executivo revela ainda que dados das empresas do setor, que representam cerca
de 60% do mercado, em 2006, confirmam que os empregos diretos cresceram 5,8%,
repetindo o mesmo desempenho de 2005. Um índice superior ao crescimento
de emprego na economia.
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