04 de maio de 2009

Rejuvenescimento facial: Vale a pena realizar uma bioplastia?

Rejuvenescimento facial: Vale a pena realizar uma bioplastia?




Rejuvenescimento facial: Vale a
pena realizar uma bioplastia?

O preenchimento ultimamente tem sido uma das técnicas mais usadas por dermatologistas e cirurgiões plásticos para o rejuvenescimento facial. Mas, existem diferentes substâncias que podem ser usadas para realização desse procedimento estético. Dentro desse universo, a bioplastia, técnica que se caracteriza pela aplicação do polimetilmetacrilato (PMMA), uma substância sintética que não é absorvida pelo organismo, vem gerando muito debate.

Dr. Alan Landecker, especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), aponta para os riscos da bioplastia. “Tem sido registradas sérias complicações, quando o PMMA é aplicado superficialmente no nariz e nos lábios, como necrose de pele, formação de nódulos e reações alérgicas. Outros problemas em relação ao PMMA, incluindo a falta de estudos científicos, a longo prazo, também demonstram a segurança do produto. Por outro lado, existem trabalhos recentes, no Brasil e no exterior, que mostram evidências de que, após a injeção do PMMA, a substância pode migrar para outras regiões do corpo, como fígado e rins. Por ser permanente e irreversível, torna-se praticamente impossível tirar o PMMA do organismo. A bioplastia é um método impreciso e deveria ser proibido.

Já em 2008, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP emitiu uma carta, na qual solicitou cautela aos profissionais na realização da bioplastia e substâncias sintéticas permanentes ou semipermanentes (com reabsorção lenta) só devem ser usadas se houver provas científicas irrefutáveis de que são seguras ao paciente. No caso da realização de preenchimentos, principalmente em rugas superficiais, existe a possibilidade de esculpir a região, usando substâncias do próprio corpo humano, como a gordura, que tem menos risco de rejeição, ou aplicação de substâncias absorvíveis, como o ácido hialurônico e a conclusão é uma só: tendo em vista os pontos negativos, não vale a pena realizar uma bioplastia na face, par diminuir rugas e linhas de expressão”.

Dr. Alan Landecker é formado em Medicina e Cirurgia Geral pela Universidade de São Paulo. Iniciou sua formação em Cirurgia Plástica com o Professor Ivo Pitanguy e atualmente é especialista em Cirurgia Plástica. Atualmente também trabalha como instrutor do Dallas Rhinoplasty Symposium (curso teórico-prático em cirurgia de nariz, realizado anualmente em Dallas, Texas – EUA).