Turnover celular – preparo da pele
Por Isabel Piatti A renovação epitelial é uma ação natural do organismo, mas também é possível acelerar esse processo por meio da atuação do profissional de saúde estética. Essa é a função do peeling, promover a esfoliação, proporcionando um grau profundo de limpeza, visto que retira a camada superficial da epiderme deixando sua aparência mais lisa e homogênea, além de proporcionar o preparado da pele para receber os ativos cosméticos para o tratamento de outras alterações inestéticas. Para tal procedimento é possível contar com o auxílio de cosméticos que vão atuar por mecanismo físico/mecânico, enzimático ou químico. Peeling mecânico Peeling Enzimático É tido como uma alternativa tecnológica e natural à esfoliação química. Age como um peeling versátil, controlado, seguro e de alta performance. Sua atividade queratolítica se dá de forma suave, mas eficaz, a partir das enzimas, que são proteínas consideradas essenciais em todas as funções biológicas do organismo. Em destaque tem as enzimas derivadas da romã, da qual se obtém o ativo Renew Zyme, e da abóbora, que dá origem ao Pumpkin Enzyme. Ambos cumprem o papel de ação queratolítica e são potenciais agentes clareadores e inibidores de pigmentação. Ao remover as células mortas, será estimulada a renovação, resultando também em pele mais hidratada e tonalidade e relevo cutâneo uniformes. Esse tipo de peeling apresenta ainda como vantagem o fato de não ser sensibilizante, de ser indicado para todos os tipos e fototipos de pele, inclusive para gestantes, e de não provocar fotossensibilidade, o que o torna propício para uso em todas as épocas do ano, tanto em cabine como manutenção diária. Peeling com Ácidos São agentes com poder queratolítico, que levam à microdescamação e consequente regeneração dos tecidos. O objetivo é preparar e/ou afinar a pele, aumentando a permeabilidade e eficiência dos ativos cosméticos que serão aplicados na sequência. Os ácidos atuam basicamente nas primeiras camadas da epiderme e não devem atingir a epiderme viável e a derme, cuja profundidade só pode ser tratada por profissionais especializados. O profissional deve estar atento à concentração dos ativos, sendo que o máximo permitido pela Anvisa no caso dos AHA’s industrializados é de 10% e pH mínimo de 3,5, garantindo assim um respaldo legal, além de enaltecer o profissionalismo na área de saúde estética. O ácido salicílico, com dosagem permitida de até 2% em cosméticos, além de propriedades semelhantes as do AHA, apresenta também função antimicrobiana, ação bacteriostática e fungicida. Alguns ativos consagrados em dermatologia, como o ácido retinoico e o fenol, por exemplo, são proibidos em cosméticos. Além disso, é preciso cautela no uso, já que a má utilização dos ácidos pode provocar sensibilização, aumentando os riscos de reações indesejadas que podem terminar em cicatrizes, hipo ou hiperpigmentação.
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