08 de outubro de 2004

Vaidade masculina: tratamentos de beleza para o metrossexual

Vaidade masculina: tratamentos de beleza para o metrossexual



Vaidade masculina: tratamentos de beleza
para o metrossexual

*Dra Maria Cristina Belotti

A média do tempo que os homens levam para cuidar da aparência, segundo uma pesquisa da Gilette, foi surpreendente: cerca de 23 minutos diários. O estereótipo do homem mal vestido e despenteado perde espaço a cada dia para um rapaz de pele impecável e corpo bem cuidado. Quando a beleza se tornou sinônimo de saúde, a vontade masculina de fazer um tratamento estético se sobrepôs à resistência em assumir a vaidade.
O número de metrossexuais assumidos (designação para homens heterossexuais que cuidam ostensivamente da aparência), cresceu nos últimos anos, a exemplo de celebridades como David Beckham e Dado Dolabella. De olho nesta tendência, algumas clínicas estéticas não demoraram para reservar um espaço especialmente dedicado a este público, que é diferenciado e exigente.

Uma pesquisa feita pela 2B Brasil Research & Consulting, com homens entre 25 e 64 anos em São Paulo, revelou que 82% dos homens acham importante uma pele bem cuidada. Quando se trata da forma física, 78% acreditam que um corpo esbelto é essencial.

As queixas mais comuns se relacionam a acnes e gordura no abdome. As outras queixas vão desde excesso de pelos nas costas e sobrancelhas até unhas maltratadas.Nos tratamentos estéticos mais invasivos, como é o caso da eletrolipoforese, que rompe a gordura localizada pela introdução de agulhas, os homens ficam mais tensos e resistem mais que as mulheres. A apreensão acontece num primeiro momento, depois eles relaxam e aceitam, visando o objetivo estético que querem alcançar. Esta disposição mostra como os homens desejam ter uma imagem mais preservada de si, e para isso fazem os mesmos tratamentos pelos quais somente as mulheres costumavam se submeter.

Atualmente eles fazem limpeza de pele, peelings, drenagem linfática, hidratação e passam pelos mais modernos aparelhos como Ultra Derme e o Microcorrente 6 C. Mesmo no inverno, em que o movimento nas clínicas costuma ser menor, nota-se um aumento da procura masculina por estes tratamentos. Em geral, eles são profissionais liberais, a maioria de classe média e com idade em torno dos 30 anos. Contudo, temos também rapazes jovens que praticam esportes e musculação que desde cedo querem manter uma aparência mais agradável.

* Dra Maria Cristina Belotti é médica pós-graduada em Medicina Estética e uma das especialistas da Corporis Estética Médica.