Brasil, 21 de Setembro de 2024
26 de janeiro de 2004

Vinho: da taça à banheira

Vinho: da taça à banheira



Vinho: da taça à banheira

Desde a Antigüidade, as mulheres européias faziam artesanalmente uma máscara facial com uvas amassadas. Usada para prevenir os sinais do envelhecimento, a receita se mostrava eficaz graças às substâncias anti-oxidantes contidas nas sementes e na casca das uvas. Conhecidas como polifenóis, essas substâncias conquistaram a indústria da beleza nos últimos dez anos e passaram a fazer parte de cremes anti-envelhecimento, hidratantes, óleos e esfoliantes. A novidade agora em algumas clínicas estéticas e spas é complementar o banho com vinho. Com as mesmas propriedades da fruta, a bebida melhora a qualidade da pele do corpo todo, deixando-a mais firme e luminosa.

Segundo Kátia Silva Nunes, pesquisadora nas áreas de Estética e Cosmetologia e consultora técnica da Dermo Hair, a vantagem do banho de vinho a uma temperatura tépida é o amolecimento da superfície da pele, facilitando a penetração mais profunda das substâncias ativas, favorecendo as fibras de colágeno e elastina. “Em alguns spas o banho também é utilizado como coadjuvante no tratamento da celulite e da gordura localizada”, disse.

Kátia explicou que o vinho tinto é o tipo mais indicado porque a fabricação leva a fruta inteira, incluindo a casca, onde se concentram os polifenóis. O vinho branco não tem essa qualidade. “Os especialistas da vinoterapia também avisam que o álcool e o açúcar presentes no vinho podem ressecar a pele. É por isso que algumas empresas já estão lançando o Banho de Espuma de Vinho Tinto”, afirmou.

De acordo com a consultora, pessoas com pele ressecada devem fazer o tratamento fora da banheira. Existem clínicas que utilizam sauna com vapores da bebida e sais de banho. O calor abre os poros, facilitando a absorção dos polifenóis. “De qualquer forma, no banho de imersão, a quantidade de vinho deve ser sempre muito menor do que a de água. O alerta serve especialmente para quem se sentir tentada a fazer uma sessão de vinoterapia em casa.”

A idéia de utilizar a bebida no banho de imersão surgiu na França, em 1996, a partir das pesquisas realizadas pela marca Caudalie. A empresa possui o maior centro de vinoterapia (ou vinhoterapia) em Bordeaux, região famosa por seus vinhos. No Brasil, a prestigiada vinícola gaúcha Miolo investiu num centro dos mesmos moldes do concorrente francês.

Kátia ressaltou que os efeitos da vinoterapia já podem ser experimentados em alguns conceituado spas no Brasil, onde são usados vários componentes da uva, mas não o próprio vinho. A sessão começa com uma esfoliação da pele, só depois a pessoa entra no banho preparado com óleos e hidratantes à base da fruta e um pó vermelho com polifenóis. “Este banho aumenta a resistência dos vasos sangüíneos; protege as fibras de colágeno e de elastina; revigora a pele, deixando-a mais viçosa; e proporciona alta vitalidade e luminosidade à pele”, garantiu a consultora.

 

 
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